E parece que relembrar poesias passadas me fez sentir um bichinho que me disse palavras ao ouvido que me fizeram querer escrever qualquer coisa tonta. Pode ser um bom princípio, o início de uma nova era. Estar bem e querer escrever poesia não é normal, mas espero que seja para querer ficar. Espero que gostem.
Perdido naquilo a que chamam vida, Sofro com tudo aquilo que não sou! Sofro com tudo aquilo que desejava ser... ...Saudades de ser verdadeiro!
Para quê esforçar-me, Se a chuva que bate nas vidraças me tira a força? Ping…ping... ping... O ensurdecedor barulho do silêncio!
Só as pingas de água se fazem ouvir, Também elas parecem sufocar, Também elas parecem pedir ajuda! Mas finjo não as ouvir, Como os outros fingem quando por eles passo!
Quero ficar perdido entre os lençóis, Dormir um dia, um mês, ou até quem sabe um ano! Chorar sem que ninguém possa escutar o meu sufoco! Mas... alguém escutaria mesmo?
Na realidade já o posso fazer... Será isto que desejo na verdade? Não! Desejaria que alguém me notasse, Desejaria que alguém me apoiasse... Mas apenas as pingas de água me conseguem realmente tocar!
Fico então aqui perdido, Enquanto pelas molhadas janelas observo as ruas sujas, Em que corpos desnudos se vagabundeiam. Vida que corre a minha frente… Morte que anda a par e passo...
Pobre ser, que assim tão novo, Implora que a cova se abra e que lá caia! Pobre ser, que tão prendado, Deseje terminar tão depressa seu fado!
Outrora, cantei às alegrias, à revolução. Agora... apenas à minha frustração! Outrora, fui pneu que rolava por entre opulentos campos, Agora... Sou apenas Campos que chora!
Agora.
Continuo vivendo na tristeza da vida, Esperando que a felicidade da morte me leve, Aguardo olhando para a vida que passa, Ouvindo a chuva que bate na vidraça!
Será que sofro do transtorno obsessivo compulsivo de criação de blogs? Conhecem alguma clínica de desintoxicação? É que nem eu acho isto normal... Bem mas enfim... Tudo poderia ficar num só é verdade, mas odeio misturar alhos com bugalhos e acabo por colocar tudo em caixinhas e fazer uma espécie de compartimentação da minha pessoa.
A pedido de várias famílias, reativo o meu antigo blog de poesia do Wordpress* aqui no Sapo. O mesmo nome, os mesmos poemas. Pode ser que um poema por dia me faça sentir vontade de escrever mais.
Já não acedia à minha conta do wordpress há imenso tempo. A parte mais curiosa? Tenho quatro blogs criados - isto parece-me realmente patológico -, apesar de só um permanecer visível até à data: Um de culinária - parece-vos familiar? -, um de fotografia, o de poesia e um diário com mais de 10 anos que, sou-vos sincera, não me lembro de o ter criado e de alguma vez ele ter existido. Mas está lá, privado mas está lá, com textos escritos por mim, cheio de fotografias minhas... Pelo que me apercebo usava aquele blog como um facebook, numa altura em que o facebook ainda não existia, ou que ainda não tinha sido difundido. Só vos digo uma coisa ME-DO! Felizmente que um dia tive a decência de o colocar em privado.
Adiante. Sobre o funcionamento do Café Poesia do Sapo: Diariamente um poema antigo sairá às 16 horas e conterá, sempre que possível, a data original em que foi escrito. Se for algum poema recente, caso exista, será publicado num outro horário. Parece-vos bem?
Lamento se vos parecer mal, nada a fazer. E porque sei que quatro blogs é um exagero, faço-vos o mesmo alerta da última vez: A quem não interessar, passem ali nas subscrições, procurem a Mula, carreguem em editar e tirem o pisco do "Café Poesia".
O primeiro poema é já publicado amanhã. Até amanhã!
*Sendo que o blog Café Poesia do Wordpress passará a partir de hoje a privado. Obrigada.
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