Arrepios
Ilustração retirada daqui
Arrepia-me o teu toque,
E o teu beijo intenso, molhado,
Arrepia-me o teu olhar que se desvia,
Como prova de quem já foi magoado.
Arrepiam-me as palavras que não dizes,
Mas que lá no fundo sentes,
E eu quero acreditar que sentes!
Arrepia-me o que dizes não sentir,
Mas no fundo, sei que mentes...
Quero acreditar que mentes!
Não mente o teu corpo,
Não mentem o fundo dos teus olhos,
E que por um breve instante, como um sopro,
Se sente, como em sonhos!
Quero acreditar que sinto.
Sim, eu sinto. Leve como brisa,
Mas que refresca a alma, apesar que castiga.
Bem sei, afastas-me por medo,
Cobres-te com essas capa dura, por medo.
Dizes-me coisas que me magoam, por medo.
Por medo. Não te quero perder, por medo.
E se por medo não for,
E já nada restar, do nosso amor...
Então rompe com faca o meu coração,
Que não sobrevivo ao teu desprezo!
Recuso-me a acreditar que foi tudo em vão!