Pôr-do-Sol
Imagem retirada daqui
Enquanto no horizonte o sol se põe devagar,
E olho admirada como pela primeira vez,
Recordo o inesperado de não te ver chegar,
E contigo a malfadada incerteza do talvez.
De mansinho, sem piedade nem permissão,
Abraçamos a noite com magia e ternura,
Mas a falta de luz, toldou-me a razão,
Confesso desde já o irracional, a loucura!
Não me crês, nem me vês,
O sol bate de frente e tudo torna cego.
Não me crês, nem me vês,
Acreditas tratar-se apenas de Ego.
Como me poderias crer?
Eu não o faria no teu lugar!
Num mundo em que toda a gente pretende poder,
Desacreditou-se na palavra amar.
Enquanto olho o céu alaranjado a arder,
As lágrimas confundem-se com as criadas pelo vento.
O sol abandonou. É altura de esquecer.
Fica o vazio. É sempre tudo apenas um momento!