Repost: Compotas compotas, cabelos à parte
Imagem retirada daqui
Constança queria uma máscara capilar,
Mas isso a Mula não lhe podia vender,
Então a Mula deu-lhe umas boas amostras
De compota, para o seu cabelo feliz ser.
Constança não queria a compota,
Mas mais a Mula não lhe podia dar,
Decidiu insistir nas amostras de compota,
Que iriam fazer o seu cabelo brilhar.
Que seus cabelos ruivos, cor de abóbora, vão agradecer!
Dizia tudo, a Mula, para vender!
Mas a Constança que não caía na cantiga,
Queria uma máscara, química, à moda antiga!
Olhe que a compota é boa!
Tem amêndoas para o cabelo esfoliar,
E mais a mais se não gostar...
Coma-a à colher prá fome saciar!
Em cantigas, aos poucos Constança caía,
Como acontecia com as que lhe cantava o homem,
E as embalagens até tinham uma imagem bonita...
Porque já se sabe... Os olhos também comem!
E assim Constança encheu a despensa,
De compotas que iria à colher comer,
Enquanto via à noite a novela,
Que até da máscara capilar lhe fazia esquecer!
E assim continuram secos, os cabelos.
Mas Constança com o estômago mais forrado,
Para depois se deitar junto do homem,
Que a esperava, como sempre, entusiasmado!
Poesia escrita ao abrigo do Desafio dos Pássaros.
ano: 2019